Mais de 1.400 incêndios florestais deflagraram desde o início do ano, e só no último fim-de-semana ocorreram 342, situação que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) considera anormal para a época de inverno.
Miguel Cruz, adjunto de operações nacionais da ANPC, disse à agência Lusa que nos dois primeiros meses deste ano houve uma completa ausência de precipitação o que provoca elevados níveis de secura, contribuindo para as condições de propagação de incêndios.
Segundo a ANPC, desde 01 de aneiro ocorreram 1.453 incêndios que envolveram 9.860 operacionais e 2.795 veículos.
O relatório dos incêndios florestais do ano passado refere que, em janeiro e fevereiro de 2011, meses em que se registou precipitação, deflagraram 592 fogos, concluindo-se que este ano os fogos mais do que duplicaram. Só no último fim-de-semana o número de ignições é quase semelhante às registadas em fevereiro de 2011 (380).
Miguel Cruz adiantou à Lusa que a maioria dos incêndios são de pequena dimensão, ocorre em matos, sendo os distritos de Lisboa, Porto e Viseu os mais afetados.
O adjunto de operações nacionais da ANPC sublinhou também que a continuar esta situação de seca pode levar a situações «mais complicadas», como o deflagrar de incêndios em zonas de florestas.
Para Miguel Cruz, na origem dos últimos incêndios estão a realização de queimadas.
Nesse sentido, a ANPC recomenda a não realização de queimadas caso se continue a registar níveis de elevada secura e relembra que só se podem realizar com licenças obtidas nas câmaras municipais.
Nesse sentido, a ANPC recomenda a não realização de queimadas caso se continue a registar níveis de elevada secura e relembra que só se podem realizar com licenças obtidas nas câmaras municipais.
Para o combate dos 1.453 incêndios ainda não houve necessidade de envolver os meios aéreos
Diário Digital / Lusa
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